Sugestão de hoje!!!

Sugestão de hoje!!!
Livro que trata do menor abandonado e de sua luta pela sobrevivência.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

LITERATURA BRASILEIRA: BRASIL-COLÔNIA

Apesar da descoberta do Brasil ter ocorrido em 1500, Portugal só mostrou interesse pela nova terra algum tempo depois (1530), quando começou a enviar expedições para a nova colônia com o objetivo de colher informações sobre a sua fauna, flora e nativos. Todas essas informações foram registradas em textos, que ficaram conhecidos ao longo da história como literatura dos viajantes ou literatura de informação. Apesar de não ter um grande valor literário, esses textos são de importância inestimável, pois retratam a primeira fase do Brasil-colônia.
Nessa época, o fato de predominar, nos meios literários portugueses o Classicismo, também conhecido como Quinhentismo, fez com que toda literatura informativa sobre o Brasil ficasse também conhecida como Quinhentismo Brasileiro.
Contudo, seu caráter puramente informativo, não permite que se fale em literatura do Brasil, mas sim, em uma literatura informativa feita pelos portugueses sobre o Brasil.
A história da Literatura Brasileira teve início em 1500, com a Carta de Pero Vaz de Caminha, escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral, enviada ao el-rei D. Manuel I, comunicando a descoberta das terras brasileiras.

QUINHENTISMO BRASILEIRO
O homem europeu do século XVI, especificamente o português, tinha duas preocupações distintas: uma material, resultante da política das grandes navegações e que visava o lucro decorrente da exploração das terras recém-descobertas; e outra espiritual, resultante do movimento da contra-reforma, ou seja, da tentativa da igreja Católica reconquistar os indivíduos que se converteram ao protestantismo.
Essas duas preocupações básicas fizeram com que a literatura feita no Brasil naquele período se manifestasse de duas formas: a primeira de caráter puramente informativo, conhecida como literatura de informação, levava a Portugal as novidades sobre as riquezas do Brasil; já a segunda, de aspecto doutrinário, também conhecida como literatura dos jesuítas, voltada para a catequese do povo indígena.

LITERATURA DE INFORMAÇÃO
Os primeiros textos em terras brasileiras de que se tem notícia são informações de viajantes e missionários europeus, descrevendo a natureza e os primeiros habitantes de nossa terra: os índios. Esses escritos não podem ser classificados como textos literários, pois são crônicas históricas, refletindo a visão de mundo e a linguagem dos colonizadores. Apesar disso, os denominaremos de literatura de informação ou literatura dos cronistas e viajantes.
A primeira e mais importante dessas obras foi a Carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei D. Manuel I. Nela, Caminha mostra claramente as duas maiores preocupações dos portugueses naquela época: bens materiais e aumento do número de fiéis ao catolicismo. Essa Carta, considerada a “certidão de nascimento do Brasil”, revela a primeira impressão que o homem europeu teve de um mundo novo, habitado por pessoas diferentes e com costumes estranhos.
Dentre os textos de origem portuguesa escritos nesta época destacam-se também: o Diário de Navegação (1530) de Pero Lopes e Sousa, escrivão de Martim Afonso de Sousa; o Tratado da Terra do Brasil e a História da Província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil (1576) de Pero Magalhães Gândavo; o Tratado Descritivo do Brasil (1587) de Gabriel Soares de Souza; os Diálogos das Grandezas do Brasil (1618) de Ambrósio Fernandes Brandão, dentre outros.

LITERATURA JESUÍTICA
Paralelamente à literatura de informação, acontecia no Brasil a literatura jesuítica. Os jesuítas chegaram nesta terra junto com os primeiros colonizadores, com a missão de catequizar os indígenas. Esteticamente a literatura jesuítica foi a melhor produção literária feita sobre o Brasil na primeira fase do Brasil-colônia. Nesse período de catequização dos índios, os jesuítas cultivaram:
• A poesia didática – que tinha o objetivo de dar exemplos moralizantes aos indígenas.
• A poesia sem finalidade catequizadora – relacionada à necessidade individual de expressão.
• O teatro pedagógico – baseado em textos extraídos da Bíblia; e as cartas de informação – relatavam, aos líderes da Igreja Católica Portuguesa, como iam os trabalhos de catequese no Brasil.
Os representantes mais importantes da Literatura Jesuítica foram os padres José de Anchieta, Manuel da Nóbrega e Fernão Cardim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário