Sugestão de hoje!!!

Sugestão de hoje!!!
Livro que trata do menor abandonado e de sua luta pela sobrevivência.

sábado, 23 de fevereiro de 2013


Fonética

Fonética estuda os sons da fala (fonemas).
Fonemas são as menores unidades sonoras da fala.
                Na língua escrita, os fonemas são representados pelas letras. O conjunto das letras denomina-se alfabeto (chamado também de abecedário ou abecê).
                É importante não confundir letra com fonema. Fonema é som, letra é o sinal gráfico que representa este som. Para falar, usamos fonemas; para escrever, usamos letras.
                O ideal seria que cada fonema correspondesse a uma única letra, e vice-versa, mas infelizmente isso não acontece. Nosso sistema ortográfico não é rigorosamente fonético, estando ainda preso à origem das palavras. Assim, podemos observar que:
→ A mesma letra pode representar fonemas diferentes: eXame, Xale, próXimo, seXo.
→ O mesmo fonema pode ser figurado por letras diferentes: caSa, coZinha, eXílio, tiGela, laJe.
→ Um fonema pode ser representado por um grupo de duas letras (dígrafos): maCHado, muLHer, uNHa, miSSa, caRRo.
→ A letra X pode representar, simultaneamente, dois fonemas diferentes: táxi (tácsi), fixo (ficso), tórax (tóracs).
→ Há letras que, Às vezes, não representam fonemas; funcionam como notações léxicas: caMpo (cãpo), reNda (rẽda), regUe (u insonoro, para não se proferir reJe).
→ Usam-se letras simplesmente decorativas : não representam nenhum fonema, nem funcionam como notações léxicas: Hotel (otel), diScípulo (dicípulo), eXceção (eceção), qUina (qina).
→ Há fonemas que, em certos casos, não se representam graficamente: beM (bẽi), bateM (batẽi), falaM (fálãu).

Classificação dos fonemas
                Os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes.
Vogal é o elemento básico, suficiente e indispensável para a formação da sílaba. São fonemas que, passando pela boca entreaberta, chegam livremente ao exterior sem fazer ruído: a, é, ê, i, ó, ô, u.
Semivogal são os fonemas /i/ e /u/ átonos que se unem a uma vogal, formando com esta uma só sílaba: vai, andei, ouro, água.
                As consoantes e as semivogais são fonemas dependentes: só podem formar sílaba com o auxílio das vogais.

Encontros vocálicos
                São três: ditongo, tritongo e hiato.
Ditongo é a união de vogal +semivogal ou semivogal + vogal, na mesma sílaba: pai, rei, sou, pão, fui, herói, sério, quando.
Dividem-se os ditongos em:
→ orais: pouco, jeito, fui, pai.
→ nasais: mãe, pão, muito (mữito), bem (bẽi).
→ decrescentes (vogal + semivogal): pauta, meu, riu, dói.
→ crescentes (semivogal + vogal): gênio, pátria, série, tênue.
Tritongo é a união de semivogal + vogal + semivogal, formando uma só sílaba.
O tritongo pode ser:
→ oral: iguais, averiguei, averiguou, Uruguai.
→ nasal: quão, saguão, mínguam (mínguão), deságuam (deságuão).

Observação: Em palavras como uruguaiano, uruguaiana, sequoia..., temos o conjunto vocálico tritongo + ditongo: u-ru-guai-ia-no, u-ru-guai-ia-na, se-quoi-ia.

Hiato é o conjunto de duas vogais pronunciadas em dois impulsos distintos, formando sílabas diferentes: Saara (Sa-a-ra), aorta (a-or-ta), faísca (fa-ís-ca), poeira (po-ei-ra), meeiro (me-ei-ro), creem (cre-em), friíssimo (fri-ís-si-mo), juízo (ju-í-zo).

Observação: Em palavras como veia, gaiola, maiúscula, pode-se ver hiato (vei-a, gai-o-la, mai-ús-cu-la) ou, mais acertadamente, dois ditongos (vei-ia, gai-io-la, mai-iús-cu-la).

Encontro consonantal é a sequência de dois ou mais fonemas consonânticos numa palavra. Podendo ocorrer na mesma sílaba ou em sílabas diferentes: cli-ma, flo-res, bra-do, le-tra, pseu-dô-ni-mo, psi-co-se, ad-vem-to, ob-tu-so, naf-ta-li-na, sub-lo-car, sub-lin-gual, in-cóg-ni-ta, obs-tá-cu-lo.

Observação: Em palavras como samba, renda, lindo e campo, não há encontro consonantal porque M e N, em fim de sílaba, não representam fonemas, são letras nasalizadoras, têm a função do til: sãba, rẽda, lĩdo, cãpo.

Dígrafo é um grupo de duas letras representando um só fonema. Na palavra chave, por exemplo, que se pronuncia /xáve/, ocorre o dígrafo no CH.
                Os dígrafos podem representar consoantes:
CH: chapéu, cheiro.
LH: pilha, galho.
NH: banho, ganhar.
RR: barro, erro.
SS: asseio, passo.
GU (antes de e ou i): guerra, seguinte.
QU (antes de e ou i): leque, aquilo.
SC (antes de e ou i): descer, piscina.
SÇ (antes de a ou o): desça, cresço.
XC (antes de e ou i): exceção, excitar.
                Ou vogais:
AM: tampa (tãpa).
EM: tempo (tẽpu).
IM: limpo (lĩpu).
OM: ombro (õbru).
UM: jejum (jejữ).
AN: santa (sãta).
EN: venda (vẽda).
IN: linda (lĩda).
ON: sonda (sõda).
UN: mundo (mữdu)

                No fim das palavras como falam (fálãu), batem (batẽi), alguém (alguéĩ), AM e Em não são dígrafos, porque representam um ditongo nasal, portanto dois fonemas.

Notações léxicas são certos sinais gráficos que se juntam às letras, geralmente para lhes dar valor fonético especial e permitir a correta pronúncia das palavras. São os seguintes:
Acento gráfico, que pode ser agudo (´), grave (`) e circunflexo (^). Atualmente, o acento grave é usado na língua portuguesa apenas para indicar a crase. Exemplos:
Café, à custa de, você, paralelepípedo, ágape, balaústre...
Til (~), que indica nasalidade. Exemplos:
Irmã, bênção, ímã, limão, canhão, campeão, coração...
Trema (¨), que de acordo com as normas ortográficas vigentes, deixou de ser usado na língua portuguesa, aparecendo apenas em estrangeirismos ou em palavras deles derivadas. Exemplos:
Müller, mülleriano, Döhler...
Apóstrofo (‘), que serve para mostrar a falta de um fonema. Exemplos:
Vinha-d’alho, mãe-d’água...
→Cedilha (ç), que é colocado sob o “c” para que ele tenha valor de “ss”. Exemplos:
Açúcar, miçanga, bagaço, saudação...
Hífen (-), é usado para ligar elementos de palavras compostas, pronomes átonos a verbos e para a separação silábica.
Couve-flor, levá-la-ei, má-qui-na...
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Questões
TEXTO I
O Mato
                Veio o vento frio, e depois o temporal noturno, e depois a lenta chuva que passou toda a manhã caindo e ainda voltou algumas vezes durante o dia, a cidade entardeceu em brumas. Então o homem esqueceu o trabalho e as promissórias, esqueceu a condução e o telefone e o asfalto, e saiu andando lentamente por aquele morro coberto de um mato viçoso, perto de sua casa. O capim cheio de água molhava seu sapato e as pernas da calça; o mato escurecia sem vaga-lume nem grilos.
                Pôs a mão no tronco de uma árvore pequena, sacudiu um pouco, e recebeu nos cabelos e na cara as gotas de água como se fosse uma bênção. Ali perto mesmo a cidade murmurava, estava com seus ruídos vespertinos, ranger de bondes, buzinar impaciente de carros, vozes indistintas; mas ele via apenas algumas árvores, um canto de mato, uma pedra escura. Ali perto, dentro de uma casa fechada, um telefone batia, silenciava, batia outra vez, interminável, paciente, melancólico. Alguém, com certeza já sem esperança, insistia em querer falar com alguém.
                Por um instante o homem voltou seu pensamento para a cidade e sua vida. Aquele telefone tocando em vão era um dos milhões de atos falhados da vida urbana. Pensou no desgaste nervoso dessa vida, nos desencontros, nas incertezas, no jogo de ambições e vaidades, na procura de amor e de importância, na caça ao dinheiro e aos prazeres. Ainda bem que de todas as grandes cidades do mundo o rio é a única a permitir a evasão fácil para o mar e a floresta. Ele estava ali num desses limites entre a cidade dos homens e a natureza pura; ainda pensava em seus problemas urbanos – mas um camaleão correu de súbito, um passarinho piou triste em algum ramo, e o homem ficou atento àquela humilde vida animal e também à vida silenciosa e úmida das árvores, e à pedra escura, com sua pele de musgo e seu misterioso coração mineral.
ARRIGUCCI, Jr. Os melhores contos de Rubem Braga. São Paulo: Editora Global LTDA, 1985

01. No texto, o elemento que gera a história narrada é:
a) a preocupação do homem com os problemas alheios.
b) a proximidade entre a casa do homem e o morro com mato viçoso.
c) o desejo do homem de buscar alento próximo da natureza.
d) o toque insistente do telefone em uma casa fechada e silenciosa.
e) os ruídos vespertinos da cidade, com seus murmúrios constantes.

TEXTO II
O Quiromante
                Há muitos anos atrás, havia um rapaz cigano que, nas horas vagas, ficava lendo as linhas das mãos das pessoas.
                O pai dele, que era muito austero no que dizia respeito à tradição cigana de somente as mulheres lerem as mãos, dizia sempre para ele não fazer isso, que não era ofício de homem, que fosse fazer tachos, tocar música, comercializar cavalos.
                E o jovem teimava em ser quiromante. Até que um dia ele foi ler a sorte de uma pessoa e, quando ela se virou de frente, ele viu, assustado, que ela não tinha mãos.
                A partir daí, abandonou a quiromancia.
PEREIRA, Cristina da Costa. Lendas e histórias ciganas. Rio de Janeiro: Imago, 1991

02. O trecho “A partir daí, abandonou a quiromancia” apresenta, com relação ao que foi dito no parágrafo anterior, o sentido de:
a) comparação.
b) condição.
c) oposição.
d) finalidade.
e) consequência.

03. (CPCAR) A medicina agora está estudando a importância do bom humor e dos sentimentos positivos na prevenção e no tratamento de moléstias.
Nas palavras destacadas, constata-se, respectivamente, a seguinte sequência de letras e fonemas:
a) 9 – 9 / 5 – 3 / 11 – 10 / 9 – 9
b) 9 – 7 / 5 – 5 / 10 – 9 / 8 – 8
c) 9 – 9 / 4 – 4 / 10 – 10 / 8 – 7
d) 9 – 8 / 5 – 4 / 11 – 9 / 9 – 8

04. (Unifesp) Na língua portuguesa escrita, quando duas letras são empregadas para representar um único fonema (ou som, na fala), tem-se um dígrafo. O dígrafo só está presente em todos os vocábulos de:
a) pai, minha, tua, esse, tragar.
b) afasta, vinho, dessa, dor, seria.
c) queres, vinho, sangue, dessa, filho.
d) esse, amarga, silêncio, escuta, filho.
e) queres, feita, tinto, melhor, fruta.

05. (UFSM-RS) Assinale a alternativa em que apenas uma das palavras apresenta dígrafo.
a) Alexandra – lhe
b) Esquecia – mesinha
c) Guardava – enterro
d) Assistir – que
e) Senhora – então

06. (Ufal) As palavras bloco, vidro e refrão têm em comum a presença de um:
a) ditongo crescente
b) ditongo decrescente
c) encontro consonantal
d) dígrafo
e) hiato

07. (PUC-PR) Observe as palavras que seguem:
1. Choque             4. Desce
2. Hotel                 5. Passa
3. Varre                 6. Molha
Das palavras acima, são pronunciadas com 4 fonemas :
a) todas elas.
b) todas, menos a primeira.
c) todas, menos a segunda.
d) a segunda, a quarta e a quinta.
e) somente a quarta e a quinta.

08. (PUC-RJ) Um mesmo fonema pode ser grafado de diferentes maneiras. Qual a lista de palavras que exemplifica essa afirmação?
a) paciente, centro, existência.
b) existência, meses, batizaram.
c) projeto, prejudicando, propõe.
d) quem, quando, psiquiatra.
e) coisa, incomoda, continuidade.

09. (BNB) Assinale a opção que apresenta ERRO quanto à divisão silábica:
a) ins-ti-tu-i-ção, co-me-ça-ram, pres-tí-gio.
b) res-sur-gi-men-to, pres-ti-gi-o, ad-mi-rar.
c) su-pers-ti-ção, ex-pe-ri-en-te, pers-pec-ti-va.
d) ex-e-cu-ti-vo, a-brup-to, re-i-vin-di-car.
e) ca-a-tin-ga, rit-mo, réus.

10. (CPCAR) Observe a divisão silábica dos vocábulos abaixo.
I. ar-te-ri-al, ex-ces-so, su-bs-tân-cia
II. guer-ras, di-lú-vio, pi-a-da
III. res-pal-do, ob-je-to, pres-são
Está(ão) correta(s) apenas:
a) I e II.
b) I e III.
c) I, II, III.
d) II e III.

11. (UFCE) Assinale as alternativas em que a separação silábica está correta:
a) go-ia-na
b) cor-ru-pção
c) sor-ri-so
d) ma-is
e) con-ti-nu-a
f) ir-mãos
g) De-us

12. (Unip-SP) Assinale o grupo de palavras em que não há erro na separação de sílabas:
a) in-a-pto, tran-se-pto, des-or-dem.
b) né-ctar, fi-a-do, crian-ça.
c) des-u-nhar, ad-je-ti-va, ve-e-mên-cia.
d) gi-ras-sóis, mag-nó-lia, a-dá-lia.
e) ins-cien-te, ân-si-a, né-sci-o.

13. (Acafe-SP) Assinale a alternativa em que há erro na partição das sílabas:
a) en-trar, es-con-der, bis-a-vô
b) i-da-de, co-o-pe-rar, es-tô-ma-go
c) des-cen-der, car-ra-da, pos-so, a-tra-vés
d) des-to-ar, tran-sa-ma-sô-ni-co, ra-pé, on-tem

14. A série em que todas as palavras apresentam dígrafo é:
a) assinar / bocadinho / arredores. 
b) residência / pingue-pongue / dicionário. 
c) digno / decifrar / dissesse. 
d) dizer / holandês / groenlandeses. 
e) futebolísticos / diligentes / comparecimento.

15. Verificamos a presença de um hiato em:
a) entendia. 
b) trabalho. 
c) conjeturou. 
d) mais. 
e) saguão.

16. Todas as palavras abaixo possuem um encontro vocálico e um encontro consonantal, exceto:
a) destruir. 
b) magnésio. 
c) adstringente. 
d) pneu. 
e) autóctone.

17. A alternativa que apresenta uma incorreção é:
a) "chapéu" possui um dígrafo e um ditongo decrescente. 
b) "guerreiro" possui dois dígrafos e um ditongo decrescente. 
c) "mangueira" possui dois dígrafos e um ditongo decrescente. 
d) "enxaguei" possui dois dígrafos e um tritongo. 
e) "exato" não possui dígrafos e nem encontro vocálico.

18. A alternativa em que as letras sublinhadas nas palavras constituem, respectivamente, dígrafo e encontro consonantal é:
a) exceção / étnico 
b) banho / desça 
c) seguir / nascimento 
d) aquático / psicologia 
e) occipital / represa

19. Observe os encontros vocálicos e os dígrafos e assinale a única afirmativa incorreta:
a) na palavra cãibra ocorre um ditongo nasal decrescente. 
b) na palavra frequente ocorre um ditongo oral crescente. 
c) na palavra radiouvinte ocorre um tritongo oral. 
d) na palavra pneumonia ocorrem um ditongo decrescente e um hiato. 
e) na palavra zoologia ocorrem dois hiatos.

20. Observe os encontros vocálicos e os dígrafos e assinale a única afirmativa incorreta:
a) a palavra discente tem dígrafo consonantal e um dígrafo vocálico. 
b) a palavra entranhas tem um dígrafo vocálico e um dígrafo consonantal. 
c) a palavra também tem dois dígrafos vocálicos. 
d) a palavra tranqüilo tem um dígrafo vocálico e não apresenta dígrafo consonantal. 
e) a palavra borracha tem dois dígrafos consonantais.

21. O vocábulo cujo número de letras é igual ao número de fonemas está em:
a) sucedida. 
b) habitando. 
c) grandes. 
d) espinhos. 
e) ressoou.

22. A palavra que apresenta ditongo crescente é:
a) acordou. 
b) teriam. 
c) noites. 
d) jamais. 
e) quando.

23. Só não existe hiato em:
a) atoleiros. 
b) miaram. 
c) ruído. 
d) defendiam. 
e) haviam.







"Não há nenhum segredo para o sucesso. É o resultado de preparação, trabalho duro e aprender com o fracasso."
Gen. Colin L. Powell

2 comentários:

  1. GABARITO:
    1.C, 2.E, 3.D, 4.C, 5.C, 6.C, 7.A, 8.B, 9.D, 10.D, 11.C E F, 12.D, 13.A, 14.A, 15.A, 16.C, 17.D, 18.A, 19.B, 20.C, 21.A, 22.E, 23.A.

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  2. gostei muito das explicações e dos exercícios logo em sequência para fixarmos a matéria. Muito bom mesmo, parabéns!
    sobre as questões 5(c), 8(não entendi a pergunta), 17(d), 18(a), 20(c), 22(e), 23(a)
    porque são estas respostas poderia me explicar?
    desde já agradeço

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